Hereditariedade e câncer estão intrinsecamente ligados, já que algumas mutações genéticas podem aumentar o risco de uma pessoa desenvolver certos tipos de câncer. Embora a maioria dos cânceres não seja hereditário, algumas pessoas têm um risco maior de desenvolver câncer por causa de mutações genéticas que são transmitidas de geração em geração.
Nossos genes são responsáveis por controlar o crescimento e a divisão celular em nosso corpo. No entanto, quando há uma mutação genética, pode ocorrer um crescimento celular descontrolado, o que pode levar ao câncer. Algumas mutações genéticas podem ser herdadas dos nossos pais e aumentar o risco de desenvolver câncer.
As mutações genéticas podem ocorrer em qualquer um dos nossos genes, incluindo os genes supressores de tumor, que ajudam a prevenir o câncer. Quando esses genes são mutados, eles podem não funcionar corretamente e permitir o surgimento de um tumor.
Existem vários tipos de cânceres que são hereditários, dentre os mais comuns podemos destacar:
Se você tem uma história familiar de câncer, pode ser recomendável que faça um teste genético para determinar se você tem uma mutação genética que aumenta o risco de câncer. Os testes genéticos podem identificar mutações em genes específicos que estão associados a um maior risco de câncer.
No entanto, é importante lembrar que nem todas as mutações genéticas levam ao câncer. Ter uma mutação genética não significa necessariamente que você desenvolverá câncer, mas significa que você tem um risco aumentado, ou seja, maiores chances do que qualquer outro indivíduo.
A prevenção e o tratamento do câncer hereditário dependem do tipo de câncer e da mutação genética específica. Algumas opções incluem:
O BRCA1 e o BRCA2 são genes que produzem proteínas que ajudam a suprimir o crescimento de células cancerosas no corpo. Esses genes foram identificados como os principais genes de predisposição para o câncer de mama e ovário hereditários.
As mutações nesses genes podem aumentar significativamente o risco de uma pessoa desenvolver câncer de mama e ovário. As mulheres que herdam uma mutação no BRCA1 ou BRCA2 têm cerca de 60% a 85% de chance de desenvolver câncer de mama ao longo da vida, em comparação com as mulheres que não possuem a mutação. Além disso, as mulheres com mutações BRCA1 ou BRCA2 também têm um risco aumentado de desenvolver câncer de ovário.
Os homens também podem herdar mutações no BRCA1 e BRCA2, o que pode aumentar seu risco de desenvolver câncer de mama, câncer de próstata e outros tipos de câncer.
É importante detectar as mutações nos genes BRCA1 e BRCA2 porque elas estão associadas a um risco aumentado de desenvolver câncer de mama, câncer de ovário e outros tipos de câncer. Se uma pessoa tiver uma mutação em um desses genes, ela terá um risco significativamente maior de desenvolver câncer em comparação com a população em geral.
A detecção de mutações em BRCA1 e BRCA2 pode permitir que as pessoas tomem medidas preventivas para reduzir seu risco de desenvolver câncer. Essas medidas podem incluir a realização de exames mais frequentes, como mamografias e ressonâncias magnéticas, para detectar precocemente o câncer de mama ou ovário.
Além disso, as pessoas com mutações em BRCA1 ou BRCA2 podem considerar medidas mais agressivas, como a cirurgia preventiva para remover as mamas ou os ovários, a fim de reduzir o risco de desenvolver câncer.
Por fim, a detecção de mutações em BRCA1 e BRCA2 também pode ser importante para os membros da família. Se uma pessoa testa positivo para uma mutação, seus parentes podem ser aconselhados a fazer o teste para determinar se também têm a mutação e se precisam tomar medidas preventivas para reduzir seu risco de câncer. O aconselhamento genético é recomendado para as pessoas que estão pensando em fazer o teste para mutações em BRCA1 e BRCA2, a fim de ajudá-las a entender os resultados e as opções de tratamento e prevenção disponíveis.
A detecção de mutações nos genes BRCA1 e BRCA2 geralmente é realizada por meio de um teste genético, que envolve a análise do DNA da pessoa em busca de alterações nos genes. Existem diferentes métodos para fazer o teste, mas o mais comum é o sequenciamento de DNA, que pode ser feito a partir de uma amostra de sangue ou saliva.
Os testes genéticos para mutações em BRCA1 e BRCA2 são geralmente realizados em laboratórios especializados em genética clínica. É importante lembrar que a detecção de uma mutação em BRCA1 ou BRCA2 não significa necessariamente que uma pessoa desenvolverá câncer, mas sim que tem um risco aumentado em comparação com a população em geral. Por isso, é importante discutir os resultados do teste com um profissional de saúde para entender o que eles significam e quais são as opções de prevenção e tratamento disponíveis.
Se o seu teste para mutações nos genes BRCA1 e BRCA2 deu positivo, isso significa que você tem uma mutação em um desses genes que está associada a um risco aumentado de desenvolver câncer de mama, câncer de ovário e outros tipos de câncer. Essa informação pode ser assustadora, mas há medidas que você pode tomar para reduzir seu risco de câncer.
A primeira coisa que você deve fazer é discutir os resultados do teste com um profissional de saúde especializado em aconselhamento genético. Eles podem explicar o que significa ter uma mutação em BRCA1 ou BRCA2 e quais são as opções de prevenção e tratamento disponíveis.
Uma opção comum para reduzir o risco de câncer em mulheres com mutações em BRCA1 ou BRCA2 é a cirurgia preventiva para remover as mamas e/ou os ovários. Essa cirurgia pode reduzir significativamente o risco de desenvolver câncer de mama e ovário, mas também pode ter implicações emocionais e físicas significativas, por isso é importante discutir cuidadosamente as opções com um profissional de saúde.
Lembre-se de que você não está sozinho. Existem grupos de apoio e recursos disponíveis para pessoas com mutações em BRCA1 e BRCA2 e seus familiares. Fale com um profissional de saúde sobre como se conectar com esses recursos e obter o suporte de que precisa.