Prevenção do câncer de mama em pessoas de alto risco
O que é:
A mastectomia profilática, também conhecida como mastectomia redutora de risco, é uma procedimento cirúrgico realizado para retirada de toda glândula mamária em pacientes que possuem alto risco de desenvolver câncer, antes da mesma apresentar a doença.
Muitas vezes uma paciente com câncer de mama, quando têm indicações corretas, opta pela mastectomia contralateral, ou seja: retirada da mama que não desenvolveu câncer, durante o mesmo tempo cirúrgico ou após o tratamento da mama acometida.
A cirurgia reduz aproximadamente 90 - 95% do risco de desenvolvimento de câncer, logo, mesmo após o procedimento é necessário realizar acompanhamento com equipe especializada com realização de exame físico e exames de imagem periódicos.
Indicações:
Primeiramente é necessário avaliar a presença de alterações genéticas que possam justificar a cirurgia, o teste é realizado através de amostras sanguíneas nas pacientes com câncer de mama, nas seguintes condições:
- Antes dos 50 anos
- Triplo negativo antes dos 60 anos
- Bilateral
- Histórico pessoal ou familiar de outros cânceres
- Histórico familiar desconhecido
O procedimento é indicado em pacientes de alto risco para câncer de mama - idealmente com menos de 50 anos.
Os principais fatores de risco são:
Procedimento:
Antes da realização do procedimento é necessário o rastreamento com exame físico, mamografia, ultrassonografia de mamas para descartar a presença de lesões malignas ou pré cancerígenas; além de exames de sangue e cardiológicos para avaliação do risco cirúrgico.
A técnica cirúrgica consiste na incisão da pele na região do sulco mamário (região inferior da mama) e ressecção (retirada) de toda glândula mamária, com preservação de pele e mamilo, em seguida é realizada a reconstrução normalmente com a colocação de uma prótese mamária e realizando a simetrização das mamas por um cirurgião plástico habilitado. Na cirurgia profilática não é realizada a retirada de linfonodos axilares e não é necessária a complementação de tratamento com quimio ou radioterapia.
Posteriormente, todo o tecido mamário retirado é enviado para o laboratório para estudo anatomopatológico, com a finalidade de confirmar a ausência de células malignas no órgão.
Quando optar pela cirurgia:
A decisão de fazer ou não a mastectomia profilática é individual, levando em conta aspectos físicos, sociais e emocionais.
Alguns fatores que devem ser considerados são a alteração genética, a presença de tumores previamente diagnosticados relacionados às síndromes e o histórico familiar. Além disso, deve-se atentar para aspectos pessoais como a ansiedade em relação a possibilidade de desenvolvimento do câncer, medos relacionados ao procedimento cirúrgico, autoestima visando a alteração estética e a possibilidade de acompanhamento e realização de exames periódicos.
Após conversar com o médico e entender os possíveis riscos, complicações, alterações estéticas e benefícios, a paciente tem o protagonismo na decisão. Vale ressaltar que o procedimento é profilático, logo não possui urgência, assim a paciente deve pensar a respeito e se possível conversar com familiares e amigos a respeito para tomar uma decisão em uma segunda consulta ou posteriormente.
Cuidados:
Caso a paciente opte por não realizar o procedimento cirúrgico é importante evitar: - Obesidade e sobrepeso
- Sedentarismo
- Anticoncepcionais orais
- Reposição hormonal pós menopausa
- Exposição a radiação ionizante (ex. Radioterapia)
E o acompanhamento deve ser regular com:
- Exame físico a cada 6 meses
- USG de mamas e axilas a cada 6 meses
- Mamografia anual
- Ressonância de mamas anual
Muito se fala sobre o câncer de mama, devido à sua relevância epidemiológica, social e psicológica para as mulheres. Contudo, não se pode perder de vista os demais cânceres relacionados às alterações genéticas descritas anteriormente.
Justamente por isso, torna-se tão importante o acompanhamento, exames de imagem e tratamentos para todas as patologias oriundas destas mutações, sendo possível um acompanhamento e/ou tratamento precoce e preventivo.
Sendo assim, a consulta e aconselhamento por um médico especializado é de suma importância para melhores resultados na prevenção e qualidade de vida.
O que é um linfonodo?
Antes de falar sobre o que é o linfonodo sentinela, precisamos falar e entender o que é um linfonodo:
Os linfonodos são estruturas do sistema linfático, em formato de pequenos nódulos, onde se acumulam células do tecido imunológico. Eles estão espalhados por todo o corpo humano, mas são perceptíveis principalmente no pescoço, axilas e virilhas quando os mesmos estão aumentados de tamanho e/ou relacionados a quadros álgicos. O exemplo mais comum é durante uma infecção de trato aéreo alto (ex. amigdalite) ocasionando no aumento dos linfonodos na região do pescoço.
Elas possuem a função de filtração da linfa, assim o nosso organismo consegue combater rapidamente infecções virais e bacterianas.
Seu aumento também pode estar relacionado a doenças auto imunes, câncer de órgão sólido ou câncer hematológico.
Qual a relação do linfonodo com o câncer?
Normalmente essas estruturas são as primeiras a serem afetadas pela disseminação de um tumor, isso acontece após o transporte das células cancerígenas através dos vasos linfáticos e acúmulo nos nódulos próximos à região tumoral. Após o crescimento de células malignas o nódulo acometido pode gerar sintomas como: tumoração local, dor, edema do membro acometido, entre outros.
Qual o significado de um linfonodo comprometido no paciente oncológico?
A presença de um ou mais linfonodos com células cancerígenas em seu interior muda o estágio da doença, a mesma deixa de ser uma doença local para doença locorregional. Em outras palavras, a doença é considerada mais avançada e de maior risco se comparado com um quadro sem acometimento linfonodal, porém mais inicial e de menor gravidade em relação a doença com metástase para outros órgãos sólidos (ex: fígado, pulmões, ossos…)
Linfonodo sentinela o que é?
É considerado o primeiro linfonodo a receber drenagem linfática de uma determinada região do corpo humano, importante para avaliação do acometimento de metástase linfonodal em pacientes oncológicos.
A técnica para identificação é feita com injeção de marcadores: corantes (ex. azul patente) e/ou radiofármacos (ex. tecnécio), no local da lesão e a ressecção (retirada) do primeiro linfonodo a receber tal marcador. Para melhores resultados é utilizado de rotina as duas técnicas em conjunto, diminuindo assim a taxa de resultados falso-negativo.
Normalmente indicado em casos de melanoma, além de câncer de mama, colo uterino, endométrio, cabeça e pescoço, entre outros...
Por que é necessário avaliação dos linfonodos e quais as vantagem do sentinela?
Quando indicado é importante para o estadiamento adequado, orientando assim a sequência de tratamento; o resultado positivo pode levar a necessidade de diversos tratamentos diferentes a depender da lesão primária (ex: cirurgia, quimioterapia, radioterapia, imunoterapia entre outros…)
Essa avaliação pode ser realizada pelo teste do linfonodo sentinela ou então pelo esvaziamento linfonodal (retirada de todos os linfonodos de uma região específica); realizamos de rotina a primeira técnica, pois essa possui vantagens como:
Abordagem inovadora:
A pesquisa do linfonodo sentinela após vários estudos científicos se tornou padrão ouro em vários cenários, porém é de extrema importância a avaliação e acompanhamento de um médico experiente e habilitado na área para indicar tal técnica. Por vezes não é utilizado por se tratar de um quadro inicial cuja avaliação da área de drenagem linfonodal pode ser realizada com exame físico e exames de imagem ou então não sendo indicado em casos mais avançados, pois a linfadenectomia ou tratamentos mais agressivos são necessários.
O linfonodo sentinela é uma ferramenta para auxiliar no combate ao câncer e deve ser usado em conjunto com outros tratamentos sempre supervisionado por uma equipe especializada.
O câncer de estômago é uma das principais causas de morte por câncer em todo o mundo, por isso é preciso ficar alerta. De acordo com a Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC), em 2020, o câncer de estômago foi a quinta causa mais comum de câncer em todo o mundo, com cerca de 1,1 milhão de novos casos e 769.000 mortes. São dados extremamente alarmantes!
O câncer de estômago – também chamado de câncer gástrico – pode se formar em qualquer lugar do estômago. Estudos mostram que a maioria dos casos de câncer de estômago envolvem crescimento celular anormal no local onde o estômago encontra o esôfago (junção gastroesofágica). No entanto, há casos em que o câncer geralmente se forma na parte principal do estômago.
Existem vários tipos de câncer de estômago, mas o adenocarcinoma é o tipo mais comum, respondendo por cerca de 90% dos casos. O adenocarcinoma começa nas células que produzem o muco e outros líquidos que revestem o estômago. Se não for tratado, esse tumor pode crescer mais profundamente nas paredes do estômago, podendo até se espalhar para órgãos próximos, como fígado e pâncreas.
O câncer de estômago normalmente não causa sintomas durante seus estágios iniciais. Mesmo os sinais precoces mais comuns – muitas vezes perda de peso inexplicada e dor de estômago – geralmente não aparecem até que o câncer esteja mais avançado.
De forma geral, podemos dizer que os principais sinais de alerta para o câncer de estômago são:
É importante lembrar que esses sintomas podem estar relacionados a outras condições de saúde e nem sempre indicam a presença de câncer de estômago. Mas se a presença de algum desses sintomas for frequente, especialmente se eles persistirem por um período prolongado ou se agravarem com o tempo, é fundamental a avaliação de um médico especialista.
Depende. Em alguns casos, é possível sentir um tumor no estômago, principalmente se ele for grande o suficiente para causar um abaulamento no abdômen. No entanto, isso não é o mais comum e muitas vezes o tumor de estômago não pode ser sentido ao toque.
O câncer de estômago acontece quando há uma mutação genética (alteração) no DNA das células do estômago. Apesar de não ser possível ainda identificar o que causa essa mutação, alguns fatores podem aumentar a probabilidade de desenvolver câncer de estômago, são eles:
É importante lembrar que ter um ou mais desses fatores de risco não significa que você definitivamente desenvolverá câncer de estômago. Por outro lado, algumas pessoas que desenvolvem câncer de estômago não têm fatores de risco conhecidos. Estar atento aos principais sinais de alerta é a melhor maneira para prevenir ou identificar precocemente o câncer de estômago, aumentando, assim, as chances de um tratamento bem-sucedido.
Quando se suspeita de câncer de estômago, é importante procurar um médico especialista, como um gastroenterologista ou um oncologista. Esses médicos têm experiência em diagnosticar e tratar o câncer de estômago, e podem realizar uma série de exames para confirmar ou descartar a suspeita de câncer.
Caso seja confirmado o diagnóstico de câncer de estômago, o médico irá encaminhar o paciente para tratamento, que pode incluir cirurgia, quimioterapia, radioterapia ou uma combinação dessas opções, dependendo do estágio do câncer e outros fatores.
A Go Vida nasceu do desejo de um grupo de médicos em oferecer um atendimento diferenciado para os pacientes com câncer. Nossa intenção inicial era ser um Serviço de saúde, Hospital ou Clínica, totalmente virtual, com um ambiente onde pudéssemos oferecer o que há de melhor e mais atualizado em oncologia, onde quer o paciente estivesse.
No entanto, enfrentamos diversos desafios no processo de construção desse sonho, entre eles uma pandemia bem na hora de dar o start. Reunimos nossos pensamentos, montamos nossa estratégia e hoje estamos aqui, presentes com cinco unidades no estado de São Paulo, unindo médicos em um só pensamento: o de oferecer um tratamento eficiente, individualizado e seguro para nossos pacientes.
A Go Vida, desde sua criação, se propõe a oferecer medicina de qualidade para as mais diversas doenças oncológicas, e cirurgias gerais, com os mais variados níveis de complexidade. Nosso diferencial está em oferecer um tratamento diferenciado, englobando assistência e navegação. Temos ao nosso lado diversos médicos parceiros e hospitais que são referência no tratamento do câncer em São Paulo.
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Dr. Ranyell Spencer
Dr. Rodrigo Miziara
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Receber o diagnóstico de câncer não é fácil, é muita coisa para assimilar. Com ele vem um peso grande de emoções, como descrença, medo e raiva. E suas primeiras perguntas para o médico podem ser: “É grave?”, “Tem cura?” ou “Quais são minhas opções?”
Depois de assimilar a notícia, é preciso entender que é necessário um plano bem pensado para lutar contra essa doença. Essas estratégias podem ajudá-lo a entender o diagnóstico, aprender sobre todas as opções de tratamento (incluindo seus riscos e benefícios) e escolher uma equipe qualificada para estar ao seu lado.
O primeiro passo é aprender o máximo possível sobre o seu tipo de câncer. Conhecimento realmente é poder. Isso ajuda você a se sentir mais bem preparado para entender o caminho a seguir com a doença.
É bem provável que o primeiro passo do seu médico seja pedir mais alguns exames, como biópsias, exames de sangue ou exames de imagem, como raio-X ou ressonância magnética, para saber mais sobre o câncer e recomendar tratamento específico. Converse com ele sobre todas as opções de tratamento disponíveis para seu caso. Tenha informação para fazer boas escolhas.
Defina uma equipe multiprofissional que possa lhe acompanhar durante essa jornada. Ter uma equipe com cirurgião oncológico, oncologista clínico, nutricionista, enfermeiro, assistente social, psicólogo e demais profissionais da saúde, pode lhe ajudar a se sentir mais seguro e mais bem amparado durante o tratamento.
Seja qual for a ajuda que você possa precisar, lembre-se: você não precisa enfrentar o diagnóstico de câncer sozinho.
Texto revisado por Ranyell Spencer MD PhD
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