O câncer de pele acontece quando as células cutâneas sofrem mutações e se multiplicam de forma descontrolada. Existem basicamente dois tipos clássicos de câncer de pele, sendo que a doença recebe classificação de acordo com a célula afetada: melanoma e não melanoma (carcinoma).
Os melanomas são tumores mais agressivos, porém, mais raros. Eles se originam a partir das células que produzem a melanina, que determina a tonalidade da pele. Os carcinomas, ou tumores não melanoma, são os mais frequentes e têm uma boa chance de cura, em especial quando diagnosticados e tratados de forma precoce.
Os carcinomas também recebem classificações, sendo:
Para os dois tipos de câncer, melanoma e não melanoma, a cirurgia é o tratamentos mais eficaz. Ela pode ser complementada, em alguns casos, pela quimioterapia ou a radioterapia.
A forma de tratamento do câncer de pele é selecionada de acordo com o estágio da doença. A seguir, apresentamos algumas opções cirúrgicas.
Nesse procedimento, são removidas camadas muito finas de pele para que possam ser analisadas em um microscópio. O objetivo é verificar se existem ou não células cancerígenas presentes ou residuais na margem de ressecção. Se a resposta for positiva, uma nova camada é removida e mais uma vez analisada, até que não seja mais identificada a presença das células doentes. Dessa forma, é possível eliminar a doença poupando tecido saudável.
Essa técnica é parecida com a cirurgia de Mohs, mas com a diferença de que é feita uma excisão mais ampla, com a retirada de uma quantidade maior de tecidos. Uma margem de segurança é retirada para garantir que todas as células doentes sejam removidas.
Esse tecido é analisado com auxílio de um microscópio para verificar se há células de câncer na margem de segurança retirada. O tamanho da margem depende do tamanho e da profundidade do tumor.
Essa é uma cirurgia mais radical realizada quando o câncer se desenvolve, por exemplo, em um dedo, seja do pé ou da mão. Mas sua indicação depende da profundidade que a doença alcançou além da pele. Se ela estiver muito profunda, a melhor alternativa pode ser amputar a parte afetada.
O câncer de pele também pode alcançar os linfonodos. Quando isso acontece, é necessário remover cirurgicamente esses gânglios para evitar que a doença se espalhe pelo organismo.
A quantidade de linfonodos que será retirada depende da parte do corpo afetada e também dos riscos de haver outros linfonodos doentes. Nesse caso, para tomar a melhor decisão, é preciso investigar o estadiamento da doença.
Entretanto, quando não há aumento dos linfonodos, antes é feita uma biópsia para verificar se o câncer alcançou os gânglios linfáticos da região afetada pela doença. Para isso, são removidos um ou mais linfonodos para avaliação, principalmente o linfonodo sentinela, o primeiro a drenar o tumor. Quando é identificada a presença de células cancerígenas nele, isso indica que a doença alcançou os gânglios da região. Portanto, são retirados aqueles com risco de estarem comprometidos.
O melanoma tem potencial alto para metástase, ou seja, ele pode alcançar outros órgãos, como o cérebro e os pulmões. Quando isso acontece, a doença já está em um estágio avançado e as chances de cura são menores. A cirurgia é feita com o objetivo de evitar a progressão da doença.
A remoção das metástases ajuda a aumentar a sobrevida do paciente e também aliviar os sintomas. De toda forma, como nem sempre é possível obter a cura, antes de realizar o procedimento, é importante avaliar com cautela os benefícios e os riscos para determinar se a cirurgia será de fato vantajosa ou não.