Ranyell Spencer
CRM: 122072
Tempo de leitura: 5 min.

As metástases peritoneais costumam ter um prognóstico e uma sobrevida limitados. Isso porque a doença ocorre quando o câncer já se encontra em um estágio mais avançado.

Quadros de metástases peritoneais costumavam ser tratados apenas por meio de quimioterapia com foco paliativo. Entretanto, apenas com essa forma de tratamento, o controle da doença é muito limitado, assim como a sobrevida.

Atualmente, existem novas opções de medicamentos quimioterápicos, mas o método continua não oferecendo uma resposta satisfatória. Decorrente dessa necessidade, surgiram novas opções de tratamento, como a Cirurgia Citorredutora associada à HIPEC (Hyperthermic Intraperitoneal Chemotherapy) ou quimioterapia intraperitoneal hipertérmica.

Cirurgia citorredutora ou de citorredução

A cirurgia de citorredução ou cirurgia citorredutora tem por objetivo diminuir os focos de células tumorais no peritônio. Durante o procedimento, o cirurgião remove toda a doença visível espalhada na superfície dos órgãos e do peritôneo.

Uma das etapas do procedimento de citorredução é a peritonectomia. Esse procedimento é realizado com o objetivo de remover nódulos múltiplos e confluentes, nesse caso, por meio da retirada do peritônio.

Indicações do procedimento

Esse tipo de cirurgia é recomendado para os pacientes cujo câncer se espalhou no peritônio em locais onde é possível fazer a remoção da doença de forma macroscópica ou visível. Isso porque o benefício da cirurgia é alcançado quando é possível fazer uma citorredução completa, que permite o aumento da sobrevida ou a cura. Do contrário, os impactos positivos na evolução da doença não são significativos.

Além disso, esse tipo de cirurgia é feita quando a doença está confinada ao peritônio. Sendo assim, o procedimento é realizado apenas nos pacientes cujo câncer não se espalhou pelo organismo.

Contudo, a cirurgia de citorredução, como dito, faz apenas uma remoção macroscópica do câncer. Como existe o risco de persistência microscópica da doença, é preciso complementar o procedimento cirúrgico com a HIPEC.

Quimioterapia intraperitoneal hipertérmica (HIPEC)

Para alguns casos mais específicos, é grande a probabilidade de as células tumorais persistirem em nível microscópico na cavidade peritoneal. Portanto, certos casos têm indicação de complementação da cirurgia citorredutora com a quimioterapia peritoneal hipertérmica. Dessa forma, é possível eliminar as células do câncer para reduzir as chances de recorrência da doença.

Nesse procedimento, a cavidade abdominal é irrigada com uma solução composta por medicamentos quimioterápicos. Ela é aquecida a 42° C e circula pela cavidade abdominal com auxílio de um circuito com bomba por cerca de 30 a 90 minutos. Durante esse tempo, os quimioterápicos mantêm contato com o peritônio restante e a parede abdominal.

A grande vantagem da realização da HIPEC é o fato de aumentarmos a concentração do quimioterápico na superfície do peritônio. Assim, é possível alcançar uma eficiência maior do que quando os medicamentos são aplicados por via venosa. Além disso, é possível reduzir os efeitos sistêmicos causados pela quimioterapia tradicional.

Os quimioterápicos são aquecidos para favorecer a permeabilidade da membrana celular. Dessa forma, a penetração dos medicamentos nas células cancerígenas é maior, aumentando também a concentração do medicamento no interior delas para potencializar o efeito do tratamento.

Eficácia do tratamento

A combinação da cirurgia de citorredução e da quimioterapia peritoneal hipertérmica é importante porque as técnicas se complementam. Por meio desse tratamento, é possível alcançar melhores taxas de controle da doença e aumentar a sobrevida do paciente.

Por isso, a associação dos dois procedimentos é reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina como o tratamento de eleição para as metástases peritoneais de tumores mucinosos do apêndice cecal, mesotelioma peritoneal e pseudomixoma peritoneal.

Entretanto, esse tratamento combinado também pode oferecer bons resultados em casos selecionados de metástase peritoneal do câncer com origem no ovário, no cólon ou reto, estômago e tipos mais raros como mesotelioma.

É importante ressaltar que a combinação da cirurgia citorredutora e da quimioterapia intraperitoneal hipertérmica é feita por meio de uma seleção criteriosa dos pacientes. Isso porque é necessário que eles estejam em boas condições clínicas e que as características da doença em si possibilitem de fato alcançar resultados positivos significativos com a os métodos.

CIRURGIA CITORREDUTORA, HIPEC E TUMORES DO PERITÔNEO

As metástases peritoneais costumam ter um prognóstico e uma sobrevida limitados. Isso porque a doença ocorre quando o câncer já se encontra em um estágio mais avançado.

Quadros de metástases peritoneais costumavam ser tratados apenas por meio de quimioterapia com foco paliativo. Entretanto, apenas com essa forma de tratamento, o controle da doença é muito limitado, assim como a sobrevida.

Atualmente, existem novas opções de medicamentos quimioterápicos, mas o método continua não oferecendo uma resposta satisfatória. Decorrente dessa necessidade, surgiram novas opções de tratamento, como a Cirurgia Citorredutora associada à HIPEC (Hyperthermic Intraperitoneal Chemotherapy) ou quimioterapia intraperitoneal hipertérmica.

Cirurgia citorredutora ou de citorredução

A cirurgia de citorredução ou cirurgia citorredutora tem por objetivo diminuir os focos de células tumorais no peritônio. Durante o procedimento, o cirurgião remove toda a doença visível espalhada na superfície dos órgãos e do peritôneo.

Uma das etapas do procedimento de citorredução é a peritonectomia. Esse procedimento é realizado com o objetivo de remover nódulos múltiplos e confluentes, nesse caso, por meio da retirada do peritônio.

Indicações do procedimento

Esse tipo de cirurgia é recomendado para os pacientes cujo câncer se espalhou no peritônio em locais onde é possível fazer a remoção da doença de forma macroscópica ou visível. Isso porque o benefício da cirurgia é alcançado quando é possível fazer uma citorredução completa, que permite o aumento da sobrevida ou a cura. Do contrário, os impactos positivos na evolução da doença não são significativos.

Além disso, esse tipo de cirurgia é feita quando a doença está confinada ao peritônio. Sendo assim, o procedimento é realizado apenas nos pacientes cujo câncer não se espalhou pelo organismo.

Contudo, a cirurgia de citorredução, como dito, faz apenas uma remoção macroscópica do câncer. Como existe o risco de persistência microscópica da doença, é preciso complementar o procedimento cirúrgico com a HIPEC.

Quimioterapia intraperitoneal hipertérmica (HIPEC)

Para alguns casos mais específicos, é grande a probabilidade de as células tumorais persistirem em nível microscópico na cavidade peritoneal. Portanto, certos casos têm indicação de complementação da cirurgia citorredutora com a quimioterapia peritoneal hipertérmica. Dessa forma, é possível eliminar as células do câncer para reduzir as chances de recorrência da doença.

Nesse procedimento, a cavidade abdominal é irrigada com uma solução composta por medicamentos quimioterápicos. Ela é aquecida a 42° C e circula pela cavidade abdominal com auxílio de um circuito com bomba por cerca de 30 a 90 minutos. Durante esse tempo, os quimioterápicos mantêm contato com o peritônio restante e a parede abdominal.

A grande vantagem da realização da HIPEC é o fato de aumentarmos a concentração do quimioterápico na superfície do peritônio. Assim, é possível alcançar uma eficiência maior do que quando os medicamentos são aplicados por via venosa. Além disso, é possível reduzir os efeitos sistêmicos causados pela quimioterapia tradicional.

Os quimioterápicos são aquecidos para favorecer a permeabilidade da membrana celular. Dessa forma, a penetração dos medicamentos nas células cancerígenas é maior, aumentando também a concentração do medicamento no interior delas para potencializar o efeito do tratamento.

Eficácia do tratamento

A combinação da cirurgia de citorredução e da quimioterapia peritoneal hipertérmica é importante porque as técnicas se complementam. Por meio desse tratamento, é possível alcançar melhores taxas de controle da doença e aumentar a sobrevida do paciente.

Por isso, a associação dos dois procedimentos é reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina como o tratamento de eleição para as metástases peritoneais de tumores mucinosos do apêndice cecal, mesotelioma peritoneal e pseudomixoma peritoneal.

Entretanto, esse tratamento combinado também pode oferecer bons resultados em casos selecionados de metástase peritoneal do câncer com origem no ovário, no cólon ou reto, estômago e tipos mais raros como mesotelioma.

É importante ressaltar que a combinação da cirurgia citorredutora e da quimioterapia intraperitoneal hipertérmica é feita por meio de uma seleção criteriosa dos pacientes. Isso porque é necessário que eles estejam em boas condições clínicas e que as características da doença em si possibilitem de fato alcançar resultados positivos significativos com a os métodos.

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