Ranyell Spencer
CRM: 122072
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Diversas condições clínicas e doenças benignas também podem ser tratadas por meio de procedimentos cirúrgicos. É o que acontece, por exemplo, com as hérnias, os problemas na vesícula e a endometriose.

Cirurgia de hérnia

As hérnias se formam quando um tecido ou um órgão se desloca por uma abertura anormal na musculatura. Esse órgão ou tecido, que deveria estar contido, extravasa por causa dessa falha e fica saliente abaixo da pele. Esse tipo de problema pode se formar em diferentes partes do corpo, como na coxa, virilha, umbigo e abdômen.

A correção das hérnias é feita por meio de um procedimento cirúrgico. As hérnias abdominais, por exemplo, são tratadas com herniorrafia e muitas vezes há a necessidade de colocação de uma tela de prolipropileno para dar mais suporte. O objetivo da cirurgia de hérnia é reposicionar o tecido ou órgão que extravasou para então corrigir a falha que permitiu que esse problema acontecesse. Vale lembrar que esse tipo de correção pode ser feita por cirurgia aberta, laparoscópica ou robótica.

Essa correção da abertura pode ser feita por meio de pontos para unir a musculatura, mas a chance de recidiva é menor quando posicionamos uma tela para reforçar essa parede muscular. Correções como essas são feitas em casos de hérnia umbilical, inguinal e femoral, por exemplo.

A hérnia de hiato, ou diafragmática, favorece a manifestação da doença do refluxo gastroesofágico. Nela, uma parte do estômago extravasa da cavidade abdominal para a cavidade torácica, passando pelo espaço reservado para o esôfago.

A correção é feita da mesma forma, com o reposicionamento do estômago e a correção do canal. A cirurgia para esse tipo de hérnia também pode ser feita por via laparoscópica ou robótica para minimizar o grau de invasividade.

Cirurgia de vesícula ou colecistectomia

A cirurgia de vesícula biliar (colecistectomia) é realizada principalmente para o tratamento de cálculo biliar, também conhecido com pedra na vesícula, quando essa condição clínica começa a manifestar sintomas que prejudicam a qualidade de vida da pessoa.

O objetivo é retirar a vesícula para alcançar a cura definitiva dos cálculos. Também pode ser feita essa cirurgia em função da colecistite, que é a inflamação da vesícula, ou por causa da presença de tumores, entre outros problemas.

Existem duas formas principais de realização da colecistectomia. Essa cirurgia pode ser feita pela técnica aberta, a tradicional. Nela, é feita uma incisão no abdômen para retirar o órgão. Essa técnica é mais invasiva por causa do tamanho do corte que precisa ser feito.

A outra opção é colecistectomia por videolaparoscopia, um método minimamente invasivo no qual são feitas três ou quatro incisões pequenas no abdômen, suficientes apenas para introdução dos instrumentos que serão utilizados durante o procedimento.

O cirurgião opera o paciente com o auxílio de uma câmera, que transmite as imagens para um monitor. A vesícula é separada do fígado e retirada por um desses pequenos orifícios. O método contribui para a recuperação mais rápida e reduz o risco de complicações, além de não gerar grandes cicatrizes.

A cirurgia minimamente invasiva pode ser feita, também, pela técnica robótica. Nesse caso, o cirurgião manipula os equipamentos cirúrgicos por meio de um console, sem operar de forma direta ou paciente.

Cirurgia de endometriose

A endometriose se manifesta quando o endométrio, tecido que reveste a cavidade interna do útero, se desenvolve para fora deste órgão alcançando, por exemplo, as tubas, o intestino e outras áreas ou órgãos na região abdominal.

A cirurgia de endometriose é realizada com o objetivo de remover todos os focos da doença e evitar que ela continue se espalhando. É recomendada para os casos mais profundos de endometriose.

A retirada dos focos da doença ajuda a preservar a fertilidade da mulher quando ela ainda pretende engravidar. No entanto, quando a mulher não deseja ter filhos, pode ser feita a retirada do útero, o que pode facilitar a cirurgia. A cirurgia para retirar o útero é chamada de histerectomia e, em alguns casos, é preciso retirar também os ovários.

O modo como o tratamento será conduzido depende das características do problema para cada mulher e a sua gravidade.

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