Na técnica cirúrgica tradicional, o cirurgião precisa fazer cortes mais extensos no abdômen do paciente para ter acesso ao local que precisa ser operado. A cirurgia laparoscópica veio como uma alternativa a esse procedimento, possibilitando intervenções com menor grau de invasividade.
A cirurgia laparoscópica é um procedimento minimamente invasivo utilizado para realização de diferentes tipos de cirurgias abdominais. Nessa técnica não é necessário fazer cortes extensos porque o especialista opera o paciente com o auxílio do laparoscópio, uma pequena câmera que transmite as imagens do organismo do paciente para um monitor.
Assim, o cirurgião consegue realizar o procedimento com total precisão, mesmo sem visualizar de forma direta os tecidos ou órgãos que estão sendo operados.
Para realizar a cirurgia laparoscópica, o cirurgião faz pequenas incisões no abdômen do paciente. São cerca de três a cinco, com o tamanho de 0,5 cm a 1 cm. Essas incisões são chamadas de portais, e por elas é inserido um instrumento chamado trocarter. Ele servirá como caminho para que os instrumentos que serão utilizados durante a cirurgia possam ser inseridos no organismo da pessoa.
Para que o cirurgião tenha mais espaço para trabalhar, a cavidade abdominal é inflada com gás dióxido de carbono. Assim ele consegue visualizar melhor as estruturas que está operando, o que minimiza o risco de lesões em órgãos e tecidos que não serão operados.
A câmera, ou seja, o laparoscópio, transmite as imagens para um monitor de alta resolução. Então, o cirurgião consegue visualizar em detalhes o organismo do paciente e pode operar com mais precisão. Dessa forma, é possível realizar as mesmas cirurgias que são feitas pela técnica aberta, mas com menos invasividade, como explicado.
A diferença da cirurgia laparoscópica para a tradicional é basicamente o tamanho das decisões que são feitas para que o paciente seja operado. Essa técnica minimamente invasiva possibilita realizar praticamente as mesmas intervenções que são realizadas na técnica tradicional.
Sendo assim também é possível realizar tratamentos oncológicos, porém, é preciso que as condições clínicas do paciente e as características do problema possibilitem a intervenção minimamente invasiva. Afinal, existem situações em que a técnica aberta continua sendo a melhor escolha.
De toda forma, a cirurgia laparoscópica é indicada quando oferece segurança para o paciente oncológico. No caso do tratamento dos tumores colorretais, por exemplo, ela é segura para a maioria dos pacientes.
A cirurgia laparoscópica apresenta algumas vantagens em relação à aberta por ser um procedimento minimamente invasivo. Sendo assim, a recuperação do paciente é mais tranquila e se dá em menos dias. Como não existem cortes muito extensos, o pós-operatório é menos doloroso.
Há também um risco menor de complicações, ainda em função das incisões serem menores. E não podemos esquecer o menor impacto estético para o paciente, já que há menos cicatrizes. Com isso, o tempo de recuperação se torna menor e a pessoa consegue voltar mais rápido para suas atividades diárias.
De toda forma, é importante reforçar que não são todos os casos que podem ser tratados por meio da cirurgia laparoscópica. Dependendo da extensão de um câncer, por exemplo, é mais seguro adotar a técnica aberta.
Além disso, antes de dar início à cirurgia em si, o cirurgião pode fazer uma inspeção do abdômen. Se ele identificar qualquer fator que ofereça risco ou dificulte a visualização das estruturas que serão operadas, pode optar por trocar a laparoscopia pela técnica aberta para garantir mais segurança durante o procedimento.
Vale ressaltar que mesmo sendo um procedimento minimamente invasivo a laparoscopia continua sendo uma técnica cirúrgica. Ela é considerada muito segura, mas também oferece riscos, embora eles sejam menores. As condições clínicas do paciente, assim como a experiência do cirurgião que vai realizar a laparoscopia, também influenciam bastante na segurança do método.